As operações do legislativo.



Há alguns dias me deparei com a notícia no jornal que está tramitando mais uma vez um projeto de lei com o intuito de extinguir a prova da Ordem dos Advogados do Brasil. O Presidente da entidade, Ophir Cavalcante Junior, ficou uma fera, alegando que o Brasil conta hoje com 700 mil advogados e que com o fim deste exame haveria uma hipertrofia de novos profissionais, acarretando em sérios problemas irreversíveis para a advocacia e para a população.
           Por inteligência do inciso XIII do artigo 5° da Constituição Federal é possível fazer a defesa da constitucionalidade do exame, onde as qualificações profissionais podem ser exigidas por lei. Em contramão existem os opositores que alegam que cabe apenas ao Ministério da Educação qualificar os bacharelados em direito e após a colação de grau exercerem a advocacia.
           A grande realidade em nosso país é de que há péssimos profissionais em todos os setores e que o exame da OAB procura apenas separar o joio do trigo. É bem verdade que tal prova apresenta dispositivos legais e doutrinas, apresentando um alto índice de reprovação da prova por conta do despreparo das instituições públicas e em sua maioria privadas, que não formam o discente de forma adequada.
           O que não se pode concordar é com a taxa elevadíssima da prova que hoje é no valor de R$200,00. Como ela tem caráter obrigatório para o exercício da advocacia seria necessária uma modificação no texto constitucional no tocante ao salário mínimo, pois além dele atender as necessidades básicas como saúde, moradia, lazer, deveria atender também no pagamento de taxas de exames da OAB.
           Existe um movimento que embora pequeno eleve este exame para demais profissões, diminuindo assim a quantidade de péssimos profissionais em todos os setores. O certo é que mesmo com a prova ainda há profissionais não qualificados operando o direito, médicos operando erroneamente e os nossos congressistas querendo operar as nossas vidas.
 

Por mais violento que seja o argumento contrário, por mais bem formulado, eu tenho sempre uma resposta que fecha a boca de qualquer um: “Vocês têm toda a razão’’




Rafael Souza

Sobre o autor

Rafael Souza: Fascinado por Direito, Politíca e Filosofia. Acredito que deve-se educar a criança para que não seja necessário punir o adulto.

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